Se Estado é laico, uso da Bíblia em instituições públicas é inconstitucional, defende editora-geral do Bereia

O Estado brasileiro não é confessional, portanto instituições públicas no Brasil não podem professar e propagar preceitos ou símbolos de determinada religião. A opinião é da editora-geral do Bereia Magali Cunha em entrevista ao Jornal GGN em 14 de outubro sobre o uso da Bíblia em escolas públicas.

A pesquisadora destacou a inconstitucionalidade que caracteriza essa conduta. Segundo lembrou, o fato de o Estado ser laico implica que deve atuar para assegurar que todas as pessoas, independentemente da sua crença religiosa, tenham direito a suas práticas de fé. Muitas religiões não têm a Bíblia como livro sagrado.

Magali Cunha considera que polêmicas como a do uso da Bíblia nas escolas são criadas com a intenção de ser empregadas como ferramenta de engajamento em mídias digitais e de aceno de políticos às suas bases eleitorais. O tema é recorrente, especialmente em períodos de eleições, explica.

“Especialmente quando projetos de lei e leis sancionadas são declarados inconstitucionais em altas cortes por ferirem o princípio constitucional da laicidade do Estado, políticos e as mídias da direita cristã (católica e evangélica, de onde partem tais projetos) criam polêmica, ao acusarem a decisão judicial de “perseguição a cristãos” ou de “negação da Bíblia”, analisa a editora-geral do Bereia.

Confira a íntegra da reportagem.

Imagem de capa: Παῦλος / Pixabay

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