Destaques Bereia na Mídia em 2023

O Coletivo Bereia esteve presente em diversos espaços da mídia ao longo de 2023. Confira alguns destaques:

Abril – Jornal O Globo (Blog Sonar – a escuta das redes)

O Coletivo Bereia, por meio da editora-geral Magali Cunha, subsidiou o levantamento do jornal “O Globo” sobre fake news contra o governo Lula e o papel de evangélicos nessa estratégia. De acordo com Cunha, ao longo dos primeiros três meses do mandato, o modelo de desinformação se mantém nos mesmos moldes do que ocorreu em 2022 durante a campanha eleitoral: “O discurso ainda permanece o mesmo e com alguma repetição na formação de memes que são criados com alertas de pânico e em torno de alguns vídeos”. Confira o levantamento no site do jornal.

Julho – Programa Almoço no MyNews

A editora-geral Magali Cunha tratou de casos recentes envolvendo cristãos no cenário político. Em entrevista, ela explicou como o termo “cristofobia” é utilizado para ganho político e citou exemplos da época, como o caso do pastor André Valadão, enquadrado dentro das leis brasileiras por discurso de ódio. Veja no Instagram.

Julho – Rede TVT (Podcast do Conde)

A editora-geral Magali Cunha tratou de diversos temas durante a entrevista, entre eles o da interseção entre religião e política. Segundo ela, isso não é algo novo, mas a partir dos anos de 2010 o que se vê “é uma articulação ultraconservadora, especialmente no cristianismo, com uma estratégia de convencimento de determinada população que tem afeto pela religião e que abraça uma perspectiva que não é nada religiosa, mas puramente política, com ocupação de espaços de poder e de negação de direitos, especialmente dos das minorias”. Confira a entrevista completa no canal da TVT no YouTube.

Agosto – Agência Lupa

O pastor presbiteriano, integrante da equipe do Bereia André Mello destacou em entrevista à Agência Lupa o trabalho de combate à desinformação no meio evangélico que realiza ao longo de seu ministério. Mello, que também é jornalista e tradutor, ressaltou a importância de iniciativas como a do Bereia no esforço de checar fake news que vem crescendo nos dias de hoje e que alcançam os evangélicos, tanto na posição de alvos quanto na de disseminadores de fatos enganosos. De acordo com ele, “as mesmas figuras que hoje disseminam desinformação e tentam promover uma campanha de pânico moral, especialmente entre a comunidade evangélica, já faziam isso há no mínimo duas décadas”. Veja no site da Lupa.

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Foto de capa: Florian Pircher/Pixabay

Mídia precisa conhecer mais sobre pluralidade religiosa, defende editora-geral do Bereia

Um dos grandes desafios da mídia é conhecer mais sobre a pluralidade religiosa que existe no país, compreender as particularidades de cada grupo, visando a uma divulgação mais adequada e correta. Ela não pode deixar de ser crítica, mas também ressaltar esses elementos que integram a vida cotidiana das pessoas. A opinião é da editora-geral do Bereia Magali Cunha, que foi entrevistada em 13 de março pelo Canal da Imprensa, revista eletrônica de crítica de mídia do curso de Jornalismo do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho.

Na conversa, que tratou da importância cultural da religião no Brasil e suas implicações na cobertura da imprensa de notícias sobre o tema, Magali explicou que as religiões dão sentido à vida de muitas pessoas. Segundo ela, há também o aspecto de resistência e sobrevivência, “como foi no período da escravidão, e também do ponto de vista indígena, a toda a opressão sofrida ao longo da história da colonização”.

De acordo com a pesquisadora, até hoje é possível observar “diversas experiências de periferias e de grupos excluídos socialmente que encontram na religião essa leitura e uma presença divina que marca a força, que marca a resistência”.

Magali Cunha destacou que a mídia tem um papel importante nas questões que envolvem o tema, até mesmo no sentido de enfrentar a intolerância religiosa, mas criticou a falta de preparo dos profissionais, a começar pela formação acadêmica oferecida a eles.

“Nós não temos nas escolas de jornalismo no Brasil suficiente formação para o jornalismo especializado [em religião]. Em várias áreas, dá-se muita ênfase em política, em economia, em cultura, mas na questão da religião é praticamente zero”, ressaltou a editora-geral de Bereia.

Confira no site do Canal da Imprensa a íntegra da entrevista.

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Foto de capa: Warpmike/Pixabay

Bancada evangélica no Congresso Nacional não representa a totalidade dos evangélicos, defende editora-geral do Bereia

“Falar de evangélicos não é falar de bancada evangélica. A bancada evangélica, aquele grupo de parlamentares que se encontra no Congresso Nacional, não representa a população e o eleitorado evangélico no Brasil, que é muito amplo”. A opinião é da editora-geral do Coletivo Bereia Magali Cunha, que foi entrevistada pelo canal Globonews no dia 23 de março.

Magali Cunha falou sobre a aproximação do governo Lula com o segmento evangélico e explicou a diversidade do campo religioso. Segundo ela, a chamada banca evangélica diz respeito a um segmento dos políticos que não representam os evangélicos, apesar de alguns desempenharem esse papel pelo fato de defenderem o projeto político da igreja a que pertencem.

A editora-geral do Bereia adverte que é preciso distinguir os evangélicos, que constituem um segmento muito diverso: “Existem pastores que pertencem a grandes corporações religiosas que não são apenas igrejas, mas que atuam em outras frentes e que têm interesse em eleger seus políticos para a bancada evangélica”, indica.

Magali Cunha também cita os pastores e pastores que estão no campo intermediário das igrejas médias e pequenas, que são os grupos mais amplos espalhados pelo Brasil. Inclui ainda a grande massa da população, do eleitorado evangélico “que vai à igreja, que participa e que vive o seu cotidiano entre essa vinculação que é a fé, a religião e a vida de todo o dia”. Em sua opinião, esse universo amplo deve ser considerado para um governo defensor e garantidor da liberdade religiosa e que deseja estabelecer um diálogo com esse segmento que vem se mostrando relevante na cena pública.

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Foto de capa: reprodução Globonews

Postagem engana ao associar inspirador do pentecostalismo a frase racista (colaboração de Bereia com Estadão Verifica)

O Estadão Verifica publicou uma checagem, com a colaboração da editora-geral do Bereia, Magali Cunha, sobre um conteúdo enganoso que ligava Charles Fox Parham às Assembleias de Deus e a seguinte frase racista: “Quando eu morrer não me enterrem ao lado de um negro”.

Parham fundou o movimento Fé Apostólica no início do século XX, mas foi afastado em 1907, segundo a apuração. Magali Cunha explicou que o movimento tinha como doutrina o batismo no Espírito Santo e o falar em línguas, aspectos abraçados por diferentes movimentos pentecostais.

Contudo, Parham não foi o fundador das Assembleias de Deus nos EUA ou no Brasil. De acordo com o doutor em Ciência da Religião Gedeon Alencar, o religioso “nunca teve ligação oficial com a Assembleia de Deus e que não há qualquer texto acadêmico que confirme ele como sendo o seu fundador”.

Quanto ao racismo atribuído a Paham, o professor da Mackenzie Ricardo Bitun lembra que o pastor era adepto de uma teoria racista: “Basicamente esta teoria entende que os povos anglo-saxões são os descendentes biológicos diretos das dez tribos de Israel que não retornaram à sua terra natal após o exílio assírio no século VIII A.C. Ainda que esta teoria não fosse declaradamente racista, vários grupos supremacistas brancos anglo-americanos defendiam a ideia”.

Embora não seja confirmada a autoria da frase “Quando eu morrer não me enterrem ao lado de um negro”, foi consenso entre os especialistas ouvidos pelo Estadão Verifica que Paham reproduzia o racismo do seu tempo, assim como outros pastores americanos.

Checagem de Talita Burbulhan, do Verifica.

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Foto de capa: reprodução do Estadão Verifica

Bereia é citado em matéria da Agência Brasil sobre combate à desinformação nas periferias

A Agência Brasil produziu reportagem sobre coletivos que contribuem para enfrentar a desinformação nas periferias brasileiras. Nesse sentido, além do coletivo Sargento Perifa, de Pernambuco, a reportagem apresentou o Bereia como outra iniciativa.

A editora-geral Magali Cunha falou do histórico do coletivo e das repercussões da recente pesquisa da Universidade Brasília, que demonstrou como os evangélicos são mais propensos a compartilhar conteúdos falsos sobre vacinas.

A reportagem no site da Agência Brasil você confere aqui. Para ver a matéria em vídeo sobre o tema, que foi ao ar no Repórter Brasil, clique aqui (a participação do Bereia ocorre a partir de 1’13”).

Foto de capa: coletivo Sargento Perifa

O que é a bancada evangélica?

Esse foi o principal questionamento da reportagem do UOL Notícias na qual o Bereia foi ouvido. Por vezes encarada como um bloco homogêneo, a apuração mostrou que não é bem assim.  Nossa editora-geral, Magali Cunha, explicou:  “É importante para as disputas políticas que a bancada seja vista como um grupo homogêneo, articulado, fechado. Isso não é verdade. São diversos partidos e não só partidos, ali há diversas igrejas e dentro dessas igrejas há também disputas internas entre grupos”.

Leia a matéria completa aqui.