Cristofobia: como surgiu e por que não utilizar

Na Câmara dos Deputados, o termo foi mencionado oficialmente pela primeira vez em 2012 e ganhou destaque nas discussões políticas e religiosas no país, tendo como “embaixador” o deputado federal evangélico Marcos Feliciano (PL-SP).

A expressão ganhou força com o governo de Jair Bolsonaro, tornando-se parte de uma narrativa alinhada à direita cristã dos EUA, que busca consolidar poder político por meio da narrativa de perseguição religiosa.

A professora da Unicamp Brenda Carranza explica que o termo é utilizado como estratégia retórica por políticos para reafirmar a supremacia da maioria cristã e justificar a perseguição contra as minorias sociais.

Além de precário do ponto de vista conceitual, a professora alerta que a expressão também é utilizada para propagar a ideia falsa que essas minorias, entre elas as comunidades LGBTQ+, nutrem ódio contra o cristianismo, com supostas ameaças à moral e costumes cristãos.

Apesar de rejeitado entre pesquisadores da Religião e Ciências Sociais, políticos eleitos nas últimas eleições continuam a utilizar o termo para desinformar, entre eles Hélio Lopes (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Julia Zanatta (PL-SC). É o que aponta a apuração do Bereia feita com a ferramenta LupaScan, sistema criado pela Agência Lupa que monitora as redes sociais dos políticos eleitos em busca de desinformação.

Nesse carrossel, Bereia fez um compilado de cinco motivos contrários a utilização do termo, de acordo com especialistas:

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Saiba mais: Leia tudo o que Bereia já publicou sobre o termo aqui

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