Mídias digitais são terra sem lei e precisam ser reguladas, defende editora-geral de Bereia

Em entrevista ao programa de rádio Papo de Crente, iniciativa da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, em 16 de setembro, a editora-geral do Coletivo Bereia Magali Cunha defendeu a regulação das mídias digitais. Segundo ela, o que se vê hoje é “uma terra sem lei”, em que as plataformas são soberanas para veicular “o que bem entendem”.

A pesquisadora chamou a atenção para a importância de haver o controle do que é veiculado nessas plataformas, com legislação a respeito. E faz a ressalva: não se trata de censura, mas de regular o que é difundido no espaço público para que haja dignidade e direitos. “A acusação de censura é uma balela”, acrescentou.

Magali Cunha defende que com a regulamentação das mídias digitais é possível garantir liberdade de expressão, e argumenta que esse é um direito previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição Federal. O que está em jogo, segundo ela, é o fato de que a liberdade de expressão se dá no espaço público, e isso implica que ela seja assegurada em todas as instâncias, tanto aquelas do mundo off-line como as do on-line.

“Assim como ninguém pode tirar alguma coisa que pertence a outra pessoa ou tirar a vida de alguém – temos leis sobre isso que garantem a nossa convivência –, a coexistência no espaço digital também precisa ser regulada”, declarou a editora-geral de Bereia. Na sua opinião, isso significa prevenir e coibir os ataques, as ameaças, as perseguições, o machismo, o racismo e toda sorte de intolerância praticada no ambiente on-line.

Confira a íntegra da entrevista em:

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