Cristofobia não existe no Brasil, aponta editora-geral do Bereia

Cristofobia, termo que define a perseguição sistemática a cristãos, não existe no Brasil, defendeu a editora-geral do Bereia Magali Cunha durante entrevista ao SIMPodCRER em 29 de outubro.

De acordo com a pesquisadora, pode haver episódios isolados que caracterizam essa condição, mas não algo sistemático e constante. “Se há perseguição religiosa sistemática e histórica, não é contra os cristãos, mas contra as religiões de matriz africana”, comentou.

Na sua opinião, há certa confusão entre a liberdade de expressão – “que devemos defender sempre” – e o abuso dessa liberdade. Por isso, ela defende a necessidade de se identificar até onde vai a liberdade sem que interfira na do outro e onde estão as leis e regras de convivência. “Existem pessoas que desejam falar livremente, desrespeitando leis, a Constituição, e quando são confrontadas afirmam que são perseguidas”, comentou Magali Cunha.

Sua participação no canal evangélico de podcast, cujo programa discutiu o combate à desinformação nas igrejas, coincidiu com a celebração de cinco anos do Bereia. Por isso, a editora-geral do coletivo destacou temas que vêm merecendo a atenção da equipe por conta da desinformação que gira em torno deles, como “ideologia de gênero” e questões de saúde, além da cristofobia.

Magali Cunha também chamou atenção ao que pesquisas chamam de ecossistema da desinformação e que esteve presente nos cinco anos de atuação do Bereia. Esse fenômeno está associado, por exemplo, ao fato de que empresas alcançam enormes lucros, pois vão receber benefícios políticos e financeiros da criação e circulação desses conteúdos, e de que há pessoas que trabalham para isso, com a precisão sobre o que e onde divulgar.

Outro ponto tem a ver com a desinformação como estratégia política, segundo indicou a pesquisadora. O que está em jogo é “angariar e manter apoio e conquistar pautas políticas”, apontou. De acordo com Magali Cunha, essa situação foi institucionalizada e vem ganhando destaque nos períodos eleitorais.

A íntegra da entrevista está disponível no YouTube.

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