Nossas vidas e comunidades como mecanismo de busca para o sentido da vida

Vamos começar nossa reflexão lendo duas passagens do evangelho de João – 1.35-39 e 1.40-43.

“No dia seguinte João estava ali novamente com dois dos seus discípulos.
Quando viu Jesus passando, disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus! “
Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram a Jesus.
Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: “O que vocês querem? ” Eles disseram: “Rabi”, ( que significa Mestre ), “onde estás hospedado? “
Respondeu ele: “Venham e verão”. Então foram, por volta das quatro horas da tarde, viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia.”

João 1:35 – 39 / NVI

João Batista, o profeta, indica e antecipa, nesta passagem, o que ver e procurar: o Cordeiro de Deus. A partir de sua formulação o compartilhamento de quem era Jesus começa a ser feito. João revela o que deve ser buscado.

Vamos fazer analogias digitais

O que são navegadores? Motores de busca? Mozilla, Chrome? O que os diferencia uns dos outros?

Se nossas igrejas fossem navegadores, motores de busca como o Mozilla e Chrome, que coisas poderiam ser pesquisadas por meio delas?

Suas músicas, mensagens, reuniões, encontros de oração, seus membros, etc. Mas isso não é suficiente. A pesquisa inicial deve fornecer ao interessado esclarecimentos que permitam que ele/ela continue interessado/a e atraído/a pelas informações encontradas.

Se imaginarmos que João foi o primeiro mecanismo de busca para entender o Reino, que referências poderiam ser encontradas através dele?

E se você fosse o mecanismo de busca por meio do qual as pessoas olhassem e analisassem Jesus, o que encontrariam?

E se sua igreja fosse analisada por alguém que tivesse buscando um lugar para se congregar ou entender mais sobre espiritualidade, que referências essa pessoa teria?

Agora vamos ler a segunda passagem: João 1: 40:43:

André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido a Jesus.
O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: “Achamos o Messias” ( isto é, o Cristo ).
E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas” ( que significa Pedro ).
No dia seguinte Jesus decidiu partir para a Galiléia. Quando encontrou Filipe, disse-lhe: “Siga-me”.

João 1:40-43 / NVI

O que os discípulos descobrem assume um novo significado. Ele não é mais o Cordeiro de Deus, mas o Messias (Cristo). Ao compartilhar a novidade da inquietação procurada, eles descobrem outros significados que estão além do que podem entender e compartilhar naquele momento.

Por que isso? Porque essa operação básica de surpresa, de encontrar um novo significado depende de Deus e não de nós mesmos ou do potencial de nossas igrejas.

É importante que eu e você, bem como nossas comunidades, sejamos luz que clareia o caminho quando alguém faz a busca por meio de nós, mas, mais importante do que isso, é confiar que o Senhor abre portas e oferta um novo olhar quando as pessoas procuram algum sentido para a vida.

Vamos oferecer nosso amor e paixão por Jesus, na confiança de que Deus acrescenta novos elementos para aqueles/as que buscam Boas Novas.

PARA REFLETIRMOS

  1. Quando eu e você fazemos uma busca pelo evangelho e sua encarnação por meio das nossas próprias vidas e igrejas, o que, de fato, encontramos?
  2. Escolha uma situação no ambiente mais próximo, por exemplo, pessoas em situação de rua, e analise como os meios de comunicação as apresenta e qual a leitura que você mesmo/a faz delas.
  3. Como nos preparamos para ouvir e entender de maneira crítica e amorosa o que está acontecendo ao nosso redor?