EUA-Brasil: Mentira sobre filha de presidente do STF ser deportada dos EUA é usada para campanha contra a Corte

Após a notícia da revogação de vistos de ministros do STF e seus familiares pelos EUA, passou a circular nas redes sociais digitais a alegação de que a filha do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, Luna Barroso, que estuda nos EUA, seria deportada. 

Tal situação se colocaria no contexto da retaliação dos EUA ao governo federal e ao STF por terem não apenas respondido às exigências ao Brasil, em carta divulgada na internet pelo presidente dos EUA Donald Trump, dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 9 de julho passado, como também imposto medidas cautelares sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, com tornozeleira eletrônica. Entre as exigências consta, principalmente, a anistia a Bolsonaro dos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023, que lhe foram atribuídos por investigação da Polícia Federal do Brasil e estão em processo de julgamento pelo STF.

Essa informação é falsa.

Luna Barroso não mora nos Estados Unidos e não será deportada. De fato, ela estudou na prestigiada Yale Law School nos anos de 2022 e 2023. Contudo, atualmente vive no Brasil, onde cursa um mestrado na Universidade de São Paulo (USP) e atua como advogada no escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados, no Rio de Janeiro — conforme consta em seu perfil no LinkedIn e no site do próprio escritório.

Estratégia

Esta mentira integra uma campanha de desinformação coordenada, que tenta explorar a tensão entre o Brasil e os Estados Unidos para desacreditar o STF e inflamar setores da sociedade com mentiras sobre perseguições e retaliações.

Apesar deste conteúdo ser falso, ele se articula com uma conspiração política que tem se configurado, segundo várias análises, e envolve influenciadores brasileiros e interesses estrangeiros. 

As recentes ameaças e sanções dos EUA fazem parte de um movimento mais profundo de pressão geopolítica, segundo estas avaliações mais amplas do caso. O governo Trump estaria usando o caso do julgamento de Jair Bolsonaro para buscar interferir nas eleições de 2026, favorecer candidatos alinhados aos interesses estratégicos estadunidenses e pressionar as instituições brasileiras por um alinhamento às políticas de controle econômico-financeiro daquele país.

Leitura recomendadas:

Linkedin

https://www.linkedin.com/in/luna-van-brussel-barroso-30816417a/?originalSubdomain=br

UOL

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/07/19/e-fake-filha-de-barroso-mora-no-brasil-e-nao-sera-deportada-dos-eua.htm

Sobre escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça & Associados

https://www.migalhas.com.br/catalogo/barroso-fontelles-barcellos-mendonca-associados

Terra https://www.terra.com.br/noticias/ameaca-de-tarifas-acende-alerta-sobre-interferencia-dos-eua-nas-eleicoes-de-2026,c252120b783a1be2ef8c639af130bf9f176pvwus.html#google_vignette 

https://www.terra.com.br/noticias/ameaca-de-tarifas-acende-alerta-sobre-interferencia-dos-eua-nas-eleicoes-de-2026,c252120b783a1be2ef8c639af130bf9f176pvwus.html#google_vignette 

The Intercept Brasil https://www.intercept.com.br/2025/07/15/tarifaco-trump-eua-atacam-ameaca-poder-imperialista/

EUA-Brasil: Mentira sobre ataque com bombas dos EUA ao Brasil circula nas mídias sociais

Circula nas redes sociais digitais a informação falsa de que os Estados Unidos (EUA) estariam se preparando para lançar uma bomba em território brasileiro como forma de punição ao governo federal e ao STF. As mentiras se baseiam em falas dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo e Flavio Bolsonaro, publicadas em seus perfis de mídias sociais.

Tal ação violenta dos EUA, segundo publicações, seria uma forma de retaliação às instituições do Estado brasileiro por terem não apenas respondido às exigências ao Brasil, em carta divulgada na internet pelo presidente dos EUA Donald Trump, dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 9 de julho passado, como também imposto medidas cautelares sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, com tornozeleira eletrônica. Entre as exigências consta, principalmente, a anistia a Bolsonaro dos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023, que lhe foram atribuídos por investigação da Polícia Federal do Brasil e estão em processo de julgamento pelo STF.

Essa afirmação é infundada e fantasiosa.

Não há qualquer indício de movimentação militar dos EUA contra o Brasil, muito menos ações bélicas anunciadas. Nenhuma autoridade nacional ou internacional confirmou qualquer operação desse tipo. A ideia de um ataque militar direto contradiz princípios básicos da diplomacia internacional e os tratados que regem a convivência entre países democráticos.

Estratégia

A origem desse boato está na declaração metafórica em tom de ameaça feita pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sobre o Brasil “sofrer uma bomba atômica no mercado financeiro” se confrontasse os interesses dos EUA. Em outra publicação, na sequência, Flávio Bolsonaro reforçou a metáfora, dizendo que “ou cede-se a Trump, ou vem a bomba”.

Essas declarações, feitas em contexto de pressão internacional sobre o Brasil, foram distorcidas e ressignificadas nas redes sociais, onde passaram a circular como se se tratasse de uma ameaça real e literal de ataque militar. O termo “bomba”, usado originalmente para se referir a sanções econômicas, foi transformado em suposta ameaça de bombardeio armado.

Esse tipo de distorção é intencional e faz parte  de uma estratégia promovida por grupos extremistas de direita que espalham pânico e desinformação nas mídias sociais, como Bereia já mostrou em diversas matérias. Estas mentiras se articulam com uma conspiração política que tem se configurado, segundo várias análises, e envolve influenciadores brasileiros e interesses estrangeiros. 

As recentes ameaças e sanções dos EUA fazem parte de um movimento mais profundo de pressão geopolítica, segundo estas avaliações mais amplas do caso. O governo Trump estaria usando o caso do julgamento de Jair Bolsonaro para buscar interferir nas eleições de 2026, favorecer candidatos alinhados aos interesses estratégicos estadunidenses e pressionar as instituições brasileiras por um alinhamento às políticas de controle econômico-financeiro daquele país.

Leituras recomendadas:

Brasil 247 

https://www.brasil247.com/brasil/eduardo-bolsonaro-ameaca-o-brasil-com-bomba-nuclear-dos-eua-sobre-o-mercado-financeiro

UOL

https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2025/07/11/flavio-ou-se-cede-a-trump-ou-vira-bomba-atomica-bolsonaro-e-mais-ameacas.htm

G1

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/07/21/bullying-de-trump-contra-brasil-esta-saindo-pela-culatra-diz-jornal-dos-eua.ghtml

Agência Brasil

https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2025-07/sancao-de-trump-contra-brasil-e-chantagem-politica-e-mira-o-brics

BBC https://www.bbc.com/portuguese/articles/c8xv9yygx9po 

TERRA https://www.terra.com.br/noticias/ameaca-de-tarifas-acende-alerta-sobre-interferencia-dos-eua-nas-eleicoes-de-2026,c252120b783a1be2ef8c639af130bf9f176pvwus.html#google_vignette

The Intercept Brasil https://www.intercept.com.br/2025/07/15/tarifaco-trump-eua-atacam-ameaca-poder-imperialista/

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Imagem de capa: Unplash

EUA-Brasil: Grupos tentam criar pânico sobre navio de guerra estar a caminho de Brasília

Circula nas redes sociais o boato de que um navio de guerra dos Estados Unidos estaria se aproximando da capital do Brasil, para aportar no Lago Paranoá, como forma de intimidação ao governo brasileiro e ao STF. Essa informação é absurda e falsa.

O Lago Paranoá é um lago artificial localizado em Brasília, onde não há ligação com o mar. O lago é inacessível para embarcações de grande porte, como navios de guerra. Além disso, não há nenhum registro oficial de movimentação militar estrangeira rumo ao Brasil — tampouco qualquer comunicado diplomático ou militar que confirme esse tipo de ação.

A imagem de um navio repostada por alguns perfis extremistas é, na verdade, uma foto genérica ou retirada de outros contextos, sem qualquer relação com o Brasil.

A medida seria uma forma de retaliação ao governo federal e ao STF por terem não apenas respondido às exigências ao Brasil, em carta divulgada na internet pelo presidente dos EUA Donald Trump, dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 9 de julho passado, como também imposto medidas cautelares sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, com tornozeleira eletrônica. Entre as exigências consta, principalmente, a anistia a Bolsonaro dos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023, que lhe foram atribuídos por investigação da Polícia Federal do Brasil e estão em processo de julgamento pelo STF.

Estratégia

Esta mentiras é parte de uma uma onda de desinformações que tentam associar uma presença militar norte-americana fictícia a uma “invasão” ou “ataque” ao Brasil, com o objetivo de gerar medo e instabilidade social. É uma estratégia promovida por grupos extremistas de direita que espalham pânico e desinformação nas mídias sociais, como Bereia já mostrou em diversas matérias. Estas mentiras se articulam com uma conspiração política que tem se configurado, segundo várias análises, e envolve influenciadores brasileiros e interesses estrangeiros. 

Revogação de vistos de ministros do STF, investigações contra aliados de Jair Bolsonaro e ameaças comerciais compõem um cenário mais amplo de interferência externa fazem parte de um movimento mais profundo de pressão geopolítica, segundo estas avaliações mais amplas do caso. O governo Trump estaria usando o caso do julgamento de Jair Bolsonaro para buscar interferir nas eleições de 2026, favorecer candidatos alinhados aos interesses estratégicos estadunidenses e pressionar as instituições brasileiras por um alinhamento às políticas de controle econômico-financeiro daquele país.

Leitura recomendadas:

UOL – https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2025/07/18/antes-de-operacao-eduardo-bolsonaro-ironizou-moraes-com-fala-sobre-porta-avioes-no-paranoa.htm

Carta Capital – https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/eduardo-bolsonaro-sugeriu-acao-dos-eua-com-porta-avioes-em-brasilia-um-dia-antes-de-operacao-da-pf/

Le Monde Diplomatique – https://diplomatique.org.br/uma-decada-de-desestabilizacao-e-guerra-hibrida/

New Yorker https://www.newyorker.com/magazine/2025/04/14/the-brazilian-judge-taking-on-the-digital-far-right ]

BBC https://www.bbc.com/portuguese/articles/c8xv9yygx9po 

Terra https://www.terra.com.br/noticias/ameaca-de-tarifas-acende-alerta-sobre-interferencia-dos-eua-nas-eleicoes-de-2026,c252120b783a1be2ef8c639af130bf9f176pvwus.html#google_vignette 

The Intercept Brasil https://www.intercept.com.br/2025/07/15/tarifaco-trump-eua-atacam-ameaca-poder-imperialista/

EUA-Brasil: Mentira sobre desligamento do sinal de GPS no Brasil se espalha nas redes

Circula nas redes digitais que os Estados Unidos (EUA) poderiam bloquear o sinal de GPS (acrônimo para Global Positioning System – Sistema de Posicionamento/Geolocalização Global) no território brasileiro e deixar o país sem condições de navegação por satélite (vôos, navios e barcos e logística). O conteúdo parte de apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) que dizem, em tom de terror verbal, “ter sido informados por membros do Departamento de Estado dos EUA que a revogação de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) seria “apenas o começo”.

Imagens: reprodução/X

A medida seria uma forma de retaliação ao governo federal e ao STF por terem não apenas respondido às exigências ao Brasil, em carta divulgada na internet pelo presidente dos EUA Donald Trump, dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 9 de julho passado, como também imposto medidas cautelares sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, com tornozeleira eletrônica. Entre as exigências consta, principalmente, a anistia a Bolsonaro dos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023, que lhe foram atribuídos por investigação da Polícia Federal do Brasil e estão em processo de julgamento pelo STF.

Esta informação é falsa. A ideia de que os EUA podem “desligar” o GPS no Brasil é tecnicamente inviável e infundada. O GPS é transmitido por uma constelação de cerca de 32 satélites que cobrem todo o planeta. Não existe um “botão Brasil” que permita aos EUA bloquear o serviço de forma seletiva em nosso território.

Mesmo que houvesse tentativa de interferência, isto só poderia ocorrer de forma muito limitada e localizada, afetando áreas de, no máximo, 12 km² — o que é completamente insuficiente para comprometer o funcionamento do GPS em um país continental como o Brasil, com 8,5 milhões de km².

Ainda que houvesse restrições ao GPS no Brasil, existem outros sistemas disponíveis, e a maioria dos celulares, aviões, navios e equipamentos modernos já são compatíveis com eles. Em outras palavras, o GPS não é mais o único sistema disponível e caso ele pare de operar já há alternativas a ele. O GPS foi desenvolvido para uso militar, pelo Departamento de Defesa dos EUA nos anos 1960, no contexto da Guerra Fria. Com a digitalização do mundo nos anos 2000, esta tecnologia passou a ser aplicada em diversas áreas da vida civil como navegação, rastreamento e mapeamento. Ao longo dos anos outros sistemas similares ao GPS foram desenvolvidos, têm cobertura global e  estão preparados para serem utilizados no Brasil.

Além do GPS, dos EUA, existem o Glonass, da Rússia, o Galileo, da União Europeia em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), e o Beidou (também conhecido como BDS), da China. Todos estes sistemas estão disponíveis no Brasil e são utilizados por aqui, mesmo que com menor incidência do que o GPS. Ainda que o sistema dos EUA tenha se tornado padrão em muitos países, por conta da influência tecnológica deste país, a maioria dos celulares modernos são equipados com receptores GNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite), que pode receber sinais de satélites de todos os sistemas de geoposicionamento. 

Portanto, ainda que o GPS “caísse” no Brasil, automaticamente os outros sistemas disponíveis seriam acionados e o país permaneceria coberto com esta tecnologia de geolocalização.

Estratégia

A mentira sobre o GPS é parte de uma estratégia promovida por grupos extremistas de direita que espalham pânico e desinformação nas mídias sociais, como Bereia já mostrou em diversas matérias. Estas mentiras se articulam com uma conspiração política que tem se configurado, segundo várias análises, e envolve influenciadores brasileiros e interesses estrangeiros. 

As recentes ameaças e sanções dos EUA fazem parte de um movimento mais profundo de pressão geopolítica, segundo estas avaliações mais amplas do caso. O governo Trump estaria usando o caso do julgamento de Jair Bolsonaro para buscar interferir nas eleições de 2026, favorecer candidatos alinhados aos interesses estratégicos estadunidenses e pressionar as instituições brasileiras por um alinhamento às políticas de controle econômico-financeiro daquele país.

Leitura recomendadas:

BBC – https://www.bbc.com/portuguese/articles/cr5v0q6p43mo 

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c8xv9yygx9po

UOL – https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/07/21/eua-bloqueio-gps-brasil.htm?utm_source=chatgpt.com 

CBN – https://cbn.globo.com/comentaristas/pedro-doria/analise/2025/07/21/trump-vai-desligar-o-gps-no-brasil-saiba-se-e-possivel.ghtml

InfoMoney

https://www.infomoney.com.br/mundo/bds-galileo-glonass-conheca-as-alternativas-ao-gps-em-caso-de-colapso-do-sistema/

The Intercept Brasil
https://www.intercept.com.br/2025/07/15/tarifaco-trump-eua-atacam-ameaca-poder-imperialista/

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